Falar um segundo idioma não será fundamental
Em um mundo globalizado, onde cada vez mais se torna imprescindível
compreender um segundo idioma, afirmar algo do gênero pode soar absurdo.
Contudo, basta analisar as inúmeras ferramentas disponíveis na
atualidade para tradução e compreensão de textos, e a sua consequente
evolução, para entender que, dentro de alguns anos, qualquer um poderá
compreender e se expressar, ainda que não perfeitamente, em outros
idiomas.
Para tradução de textos, você pode contar hoje com o Google
Translator, disponível em dezenas de idiomas. A qualidade final da
tradução não é perfeita, mas com ele é possível entender o contexto de
qualquer artigo com muito mais facilidade, sem precisar,
necessariamente, dominar o idioma em questão.
Usando realidade aumentada, é possível até mesmo
traduzir textos em imagens, com aplicativos específicos para o iPhone, como o
WordLens.
A evolução aponta para programas capazes de traduzir ainda, em tempo
real, áudio em diversos idiomas para a sua língua original. Claro, isso
não significa que você deva abandonar um curso de idiomas por conta
disso, mas no futuro, mesmo quem não domina outro idioma poderá ter mais
oportunidades se souber utilizar as ferramentas corretas.
Carros voadores e sem motorista
Desde que os carros foram inventados, os escritores de ficção
científica alimentam a obsessão de colocá-los longe das estradas. Carros
voadores são frequentes na literatura e no cinema, mas apesar dos
inúmeros conceitos de design criados, poucos deles se tornaram realidade
e, de fato, ainda estão muito longe de substituir os veículos de
passeio que temos na atualidade.
Uma companhia israelense já colocou em testes, apenas para uso militar,
um carro autônomo, capaz de rodar pelas estradas e voar,
ainda que a apenas 60 centímetros do solo. O AirMule dispensa motorista
e é capaz de alcançar lugares remotos onde os veículos terrestres não
conseguem atingir.
Além dessa técnica, outra tecnologia, empregada em alguns trens no
exterior, pode eventualmente ser adaptada para veículos de passeio,
fazendo com que tenhamos carros levitando pelas ruas. O maior exemplo é o
projeto do
Maglev Cobra, o trem brasileiro que poderia utilizar levitação magnética para se deslocar entre São Paulo e Rio de Janeiro, numa velocidade de até 450 km/h.
O futuro da música passa pelo computador
Guitarras sem cordas, pianos sem teclas e smartphones se
transformando em instrumentos musicais. O que parecia uma simples
brincadeira, aos poucos, ganha mais espaço no
mainstream da
música. A dependência do computador é tão grande para alguns produtores
que não é exagero nenhum afirmar que o som já pode ser feito mesmo sem o
uso de instrumentos musicais.
A
Kitara, primeira guitarra totalmente digital,
exibida na CES 2011, é um dos maiores exemplos do caminho que a
indústria musical pode estar tomando. Sem cordas, o instrumento consegue
detectar tanto as notas quanto os acordes e ainda possui modos
diferenciados. Além disso, novos instrumentos musicais nascidos com a
era digital também passam a figurar, aos poucos, na lista dos mais
desejados.
Mesas digitais e aplicativos para smartphones e tablets
podem tornar o ato de fazer música muito mais próximo à realidade de um
usuário de computador do que à de um músico profissional. Obviamente
ainda há muita resistência e poucos trocaram, definitivamente, os
instrumentos pelo computador. Contudo, não é de se admirar que em 20
anos essa situação seja bem diferente.
Novas formas de energia
Um dos temas mais discutidos na atualidade, e que tem sido alvo de
pesquisas por parte da indústria, é o consumo eficiente de energia, bem
como novas formas de torná-la sustentável. A preocupação não se limita
apenas aos gadgets. Novas fontes de energia, que sejam capazes de
abastecer residências ou cidades inteiras, também estão na pauta e o que
não faltam são conceitos e ideias de como tornar o processo energético
sustentável.
Imagine
transformar sua simples caminhada em energia?
Essa é apenas uma das ideias conceituais do gênero e que podem ser
vistas em prática nos próximos anos. Transformando as vibrações dos
passos em eletricidade, uma camada intermediária converte o movimento
acumulado em energia, servindo como fonte autossustentável de iluminação
pública.
Painéis solares embutidos em pontes e
árvores transformadas em semáforos,
para diminuir a poluição visual das cidades, são outras alternativas.
Outra ideia prevê a utilização dos postes de luz como elementos para
melhorar a qualidade do ar que respiramos, fazendo parte do trabalho que as árvores fazem na natureza.
Um mundo feito de vidro
E se o vidro fosse o material perfeito para todas as construções do
futuro? A equipe da Corning, empresa norte-americana fabricante de
vidros, elaborou um vídeo que fez grande sucesso no início do ano aqui
no Tecmundo.
Intitulado “A day made of glass”
(“Um dia feito de vidro”, em português) a peça mostra a rotina das
pessoas em um futuro ainda não definido, mas que talvez esteja mais
próximo do que se imagina. O grande foco está na usabilidade, uma vez
que os dispositivos devem se integrar perfeitamente com o cotidiano das
pessoas, em casa, no trabalho e no lazer.
O visual impressiona e os conceitos utilizam muito a ideia do
touchscreen, das transmissões de dados via Wi-Fi e integração entre os
mais diferentes tipos de produtos. A realidade aumentada, outro elemento
cada vez mais presente nos
gadgets, também é usada em abundância.
Alimentos inteligentes
Não basta serem bonitos e nutritivos, os alimentos do futuro também
farão um convite para que você os saboreie. Durante a CES 2011 foram
apresentadas
caixas de cereal iluminadas por indução magnética, capazes de se acender ao perceberem a presença do usuário.
A comida do futuro pode estar também à sua disposição em qualquer
lugar. Outra novidade, também exibida na CES 2011, foi uma parceria
entre a Fulton Innovations e eCoupled: trata-se de um dispositivo que
permite cozinhar sopas sem utilizar fogões ou tomadas.
A energia elétrica enviada de maneira wireless é recebida pelo
dispositivo e então é transformada em calor para aquecer as sopas.
Para quem se preocupa com desastres radioativos, como o
ocorrido recentemente na usina Nuclear de Fukushima, outra solução conceitual é a adoção de
pratos capazes de detectar os níveis de radioatividade da comida e informar ao usuário se ele pode consumi-la ou não. Com a
crescente preocupação acerca de desastres do gênero, não é de se espantar que produtos como esse realmente venham a ser comercializados.
Um novo olhar sobre a realidade aumentada
No futuro, você não mais precisará ir atrás da informação, ela é quem
chegará até você. E não estamos falando da forma tradicional como você a
recebe hoje em dia, por meio dos feeds dos seus sites favoritos, email,
mensagens de celular ou Twitter. Estamos falando de uma informação
virtual que estará por toda parte, bastando que para isso você possua
óculos ou gadgets especiais.
A
realidade aumentada tem se tornado cada vez mais frequente e as apostas sobre o futuro do serviço são inúmeras. As que são mais próximas de se tornarem efetivas são os
óculos para uso militar e um
monóculo com display OLED. Ambos permitirão que sua visão se aproxime da do Exterminador do Futuro, personagem consagrado no cinema.
Utilizando smartphones, você poderá obter em tempo real
informações sobre o trânsito,
aeroportos
ou mesmo facilitar as suas compras. Depois de estabelecida a
tecnologia, o objetivo maior deve passar a ser torná-la o menos invasiva
possível, dispensando aparelhos e até mesmo óculos e
permitindo que o usuário possa controlá-la apenas com os olhos.
Um robô para chamar de meu
Da mesma maneira que você possui um aparelho de celular hoje, no
futuro será primordial ter um robô em casa. Pode parecer estranho, mas
dia após dia os autômatos estão ganhando espaço não apenas na indústria,
mas nos lares de muitas pessoas. É bem verdade que as tarefas que
realizam hoje ainda são simples, mas a complexidade tende a aumentar.
Além de
imitar com perfeição a expressão facial de seres humanos e até mesmo
rir de maneira idêntica, os
robôs poderão ser utilizados em cirurgias médicas que requerem precisão,
ajudar na compra de roupas online e
resolver problemas sozinhos, sem precisar da interferência humana.
O futuro começa aqui
Fazer qualquer afirmação em relação ao que acontecerá no futuro, em
especial no mundo tecnológico, é sempre uma tarefa arriscada. As
mudanças são constantes e mesmo o que hoje se apresenta como tendência
pode mudar completamente em poucos anos.
Entretanto, baseado em alguns projetos conceituais, é possível
imaginar o que será possível ou não nos próximos anos. Isso não
significa, necessariamente, que deverá ser assim. Um dos maiores
triunfos da humanidade é sempre a capacidade de superar novos desafios,
ainda que para isso muitos problemas sejam criados ao longo do caminho.
Será que o nosso estilo de vida de hoje também será uma peça de museu em
2030?